A emoção de ser mãe
Prestes a voltar ao cinema com Policarpo Quaresma, a atriz curte o nascimento de seu primeiro filho com o jornalista Pedro Bial
A rotina de Giulia Gam não está nada fácil. Quem vê a atriz na tela, como intérprete da brejeira Dona Flor, da minissérie global, pode não acreditar. Mas ela tem dormido pouco, mal tem tempo para sair de casa e sua maior ocupação atualmente é trocar fraldas e aprender a dar banho. Tudo por uma boa causa chamada Théo Bial, de 1 mês de vida, e pela emoção de ser mãe pela primeira vez.
- Meu filho tem muita paciência comigo - brinca.
Prestes a estrear como Olga, no filme Policarpo Quaresma, de Paulo Thiago - previsto para entrar em cartaz dia 8 de maio - a mulher do jornalista Pedro Bial está se dedicando integralmente à maternidade.
- O Théo é muito tranquilo, mas não tem jeito. Primeiro filho assusta, dá aflição - conta. As pessoas e falam, 'calma Giulia, é assim mesmo, ele chora porque é o único jeito de se comunicar'.
A atriz conta que nos primeiros quinze dias do novo hóspede em casa, a presença do marido foi muito importante. O jornalista, apresentador do Fantástico e integrante do time de repórteres da Globonews, tirou uma rápida licença-paternidade para ficar ao lado da família. Segundo Giulia, a experiência de Bial com crianças - ele tem uma filha, Ana, de 11 anos - deu muita segurança à mamãe estreante.
- Sei que isso já foi dito, mas a maternidade é impressionante. Estou deslumbrada com o fato de colocar uma pessoa no mundo, de ter alguém que dependa de mim fisicamente.
Mesmo em meio a fraldas e mamadeiras, Giulia permanece em cena, graças a importantes trabalhos de sua carreira. Ela confessa que está sem tempo para se dedicar ao lançamento e divulgação de Policarpo Quaresma.
No filme baseado no livro homônimo de Lima Barreto, a atriz viverá a personagem Olga, sobrinha de Policarpo. De origem européia, ela é uma mulher idealista, que acaba se envolvendo em um amor platônico com Policarpo.
- Um dos grandes prazeres de estar no elenco do filme foi trabalhar com Paulo José. Como ele já dirigiu, além de atuar, tem uma visão ampla de tudo. O Paulo tem uma garra e uma força de vontade impressionantes.
Na TV, Giulia está conseguindo superar um de seus maiores desafios: convencer como a personagem Dona Flor - interpretada por Sônia Braga nos anos 70, no filme de Bruno Barreto, maior bilheteria nacional de todos os tempos. Com a pele escurecida, cabelos negros e a opção por uma Flor mais para brejeira do que para mulher fatal, a atriz mostra a que veio. Giulia afirma que, depois dos comentários e da polêmica sobre uma dublê de corpo usada para as cenas mais picantes, acabou dispensando a moça.
- As cenas de sexo não estão desconectadas da ação dramática. Trabalho para mostrar isso naturalmente.
Assistir à minissérie, gravada há mais de um ano, só de vem em quando, enquanto amamenta Théo. Sem poder sair na rua, e lendo pouco jornal, Giulia diz que não sabe como está a repercussão de Dona Flor. Mesmo assim, a produção sofisticada da minissérie, o elenco de primeira e a direção de Mauro Mendonça Filho já teriam valido o trabalho.
Fora isso, a atriz ganhou a amizade de Edson Celulari (o sensual Vadinho) e de Cláudia Raia, Giulia e Celulari já haviam trabalhado juntos em outras produções, como as novelas Fera Ferida e Que Rei Sou Eu?, em que faziam par romântico.
- Fomos nos tornar mais amigos agora. Acho que, como ele também teve um filho recentemente, nossa relação ficou mais próxima.
Como mãe dedicada, Giulia não pretende se dedicar a nenhum projeto profissional tão cedo. Mas a dramaturgia brasileira não ficará sem o talento da atriz. Giulia, que começou no teatro, passou por trabalhos importantes na TV e trabalhou em parceria com o marido na produção do filme sobre Guimarães Rosa, com estreia prevista para maio, dirigiu os atores.
- Agora é o momento de curtir o namoro entre mãe, pai e filho. Depois que tudo isso estiver consolidado, acho que vou sentir vontade de voltar a trabalhar.
Aos fãs, resta esperar a hora em que Théo vai poder dividir a atenção de Giulia. A entrevista que a atriz concedeu a CONTIGO!, por telefone, terminou interrompida pelo choro do bebê.
Fonte: Revista Contigo!
Arquivo: Bia*