A volta de um antigo romance (Que Rei Sou Eu?)

13/08/1989 15:22

O amor de Aline (Giulia Gam) e Jean Pierre (Edson Celulari) volta a florescer, depois que ela o liberta da mascara de ferro

Momento de muita emoção e ternura cercam as cenas em que Aline consegue libertar Jean Pierre da torturante máscara de ferro, colocada nele por Pichot (Tato Gabus Mendes). Os dois se beijam apaixonadamente e passam juntos uma noite de amor. Mas um choque está reservado para a corajosa rebelde mais adiante no capítulo 163 de “Que Rei Sou Eu?”, quando ela descobrir que seu amado é o  Príncipe por quem Suzanne (Natália do Valle) suspira.

É na cozinha do palácio que Gaby (Zilka Salaberry) comenta que Jean Pierre morreu porque se envolveu com a mulher de Vanoli (Jorge Dória), que Aline costumava ajudar. Com o choque, Aline desmaia e, depois volta a si, é levada à presença de Pichot, que quer detalhes sobre a morte do homem que pode destroná-lo. Quando sai do palácio, Aline procura Jean Pierre, que confirma tudo, embora afirmando que gosta muito dela. É o bastante para os dois se envolverem novamente e Aline ficar até balançada com o pedido de Jean Pierre para que ajude Suzanne a escapar do marido.

Edson Celulari diz que as atitudes decididas de seu personagem com relação aos seus ideais o deixam feliz. Admite, no entanto, que ele é muito inseguro no amor:

- Acho que Jean Pierre se encanta por Suzanne porque é tocado pelo perfume da nobreza. Já o amor dele pela Aline é diferente, tem anos. E ela é uma grande companheira.

Embora prefira não entrar na questão se Jean Pierre deve ou não acabar a novela ao lado de Aline, Celulari deixa escapar que “tudo indica que os dois terminarão juntos, porque combinam”. O ator diz que acredita na paixão verdadeira e que não tem se apaixonado na vida real porque o trabalho não deixa:

- Estou amando tanto no trabalho que o coração do Celulari está encostado, aguardando...

Já o da atriz Giulia Gam bate pelo músico Tony Beluto, do grupo Titãs, seu namorado há cerca de um ano. Adepta das idéias de Vinicius de Moraes, que diz que o amor tem que ser infinito enquanto durar, Giulia acha ainda que a individualidade de cada um está acima de tudo numa relação. Principalmente,  no caso dos artistas:

- Os atores, de modo geral, tem que ter uma referência de fora do trabalho. Nossa vida muda muito, porque estamos sempre mambembando. Então, é preciso que ambas as partes estejam preparadas para enfrentar todas as barras. Até as separações provocadas pelo trabalho de cada um, como é o meu caso.

Enquanto Aline se rói de ciúmes de Jean Pierre, Giulia afirma que não é ciumenta. Mas admite que já teve uma crise de ciúmes, sem nenhum constrangimento, porque a situação foi tão flagrante que não tinha como se comportar de outra maneira.

Aos 22 anos e fazendo pela primeira vez uma novela completa – já que em “Mandala” ela só participou dos primeiro capítulos e “O Primo Basílio” foi uma minissérie – Giulia diz que, “tudo em “Que Rei Sou Eu?” está valendo a pena”. E torce para que “os mocinhos pobres não precisem ficar ricos no final para conquistar o amor”.

Fonte: Jornal Zero Hora - Revista da Tevê

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