Giulia Gam fala de Diva e revela: "eu sabia que Flora era a assassina"

16/10/2008 02:38

Diva, a personagem de Giulia Gam na novela "A Favorita", é tudo, menos previsível. No início, esperava-se que ela fosse morrer de alguma doença, mas ela acabou se tornando uma peça importante na história central. "Sempre trabalhei em banho-maria porque nunca sei para onde a personagem pode ir", explica a atriz. Mas mesmo com tantos segredos, a revelação do responsável pelo assassinato de Marcelo (Flávio Tolezani) não pegou Giulia de surpresa. "Eu sabia que a Flora era a assassina. Fico aliviada em não ter mais que guardar isso", confessa aos risos.

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A Diva deu uma guinada na história. Isso estava previsto desde o início?
Na primeira versão, ela morreria na cadeia e isso possibilitaria que a Donatela saísse em seu lugar. Mas depois o João Emanuel conversou comigo e disse que seria interessante manter a Diva na trama. Para isso, ele teria de criar uma história porque, a princípio, a função dela acabaria ali. Ele perguntou se eu toparia e claro que aceitei. É uma honra saber que a personagem ficou tão bacana.

Você já interpretou diversos personagens ao longo de 27 anos de carreira. O que te instiga na hora de aceitar um papel?
Acho que sempre tem de haver alguma identificação com ele, algo que te cause curiosidade. Agora os personagens me interessam mais, mas antes o que me fazia escolher eram as pessoas que estariam envolvidas no projeto.
Muitas vezes eu faço um papel até menor, mas dentro de um projeto que acho interessante. Com a Diva foi um pouco isso.

E qual foi seu papel mais marcante?
A Dona Flor foi muito importante porque eu tinha de descobrir uma sensualidade discreta em mim. Foi uma responsabilidade grande porque além do romance, tinha o filme com a Sonia Braga. Acho que era inesperado eu fazer a Dona Flor, e ficou bom. As pessoas gostaram, pelo menos...

Além de tevê, você faz muito teatro e cinema. Onde prefere estar?
É uma questão de momento e são técnicas diferentes. Mas como me formei em teatro, é onde me sinto mais em casa, apesar de exigir mais de mim. O teatro é quase como um sacerdócio e esse peso cria uma autocensura grande. Mas é onde me sinto mais forte.

O que você ainda tem vontade de fazer?
Queria ter coragem de dirigir alguma coisa, talvez um documentário. Mas também tenho outras paixões. Hoje, se desse, começaria a estudar Medicina, mas acho que se me formasse com a idade que tenho, iria acabar cuidando de mim mesma. Teria de ser geriatra...

(Por Luana Borges)

 

Fonte: https://televisao.uol.com.br/ultimas-noticias/2008/10/16/ult4244u1654.jhtm