Giulia Gam faz comparação: Minha geração buscava prestígio
Arrasando na pele da diva canastrona, Bárbara Ellen, atriz avalia: 'Na minha época de 20 e poucos anos não existia nem paparazzi'
Viva Giulia Gam! Interpretar uma estrela da TV para lá de canastrona, de caráter duvidoso e, ainda por cima, com a carreira em plena decadência não é para qualquer uma. Ao contrário de sua personagem em Sangue Bom, essa atriz queridíssima do público tem talento... e de sobra! De volta à telinha na pele da intempestiva Bárbara Ellen, Giulia compartilha sua empolgação com as peripécias da diva.
“A Bárbara é uma personagem incrível! Ela simboliza todas as fantasias que a gente tem sobre o estrelato, o glamour. Como atriz, tenho que corporificar essa ideia. Ela tem esse mix: ao mesmo tempo em que ela é muito engraçada, é absolutamente cruel e sem nenhuma moral", diz Giulia, que tece elogios ao texto de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari. Para a atriz, dar vida à criação desses dois autores é um presente: “Eles criam personagens que possibilitam nuances e mergulhos. Não são lineares, nem maniqueístas.”
O que a levou até o estrelato é seu lado fatal, sexy e sedutor. A Bárbara é uma alpinista artística"
Giulia Gam
É justamente a possibilidade de mudança que faz Giulia ter ainda mais prazer com o papel. Ela sai em defesa de Bárbara Ellen e até arrisca dizer que a megera pode não ser tão ruim assim. Será? “Acho que vai haver momentos de ‘quebras’, em que ela poderá se humanizar. Talvez a gente possa conhecer até o lado sofrido dela. Por enquanto, a Bárbara é quase uma personagem de quadrinhos”, avalia. Mas não tem jeito, a grande aposta de Giulia Gam para o sucesso da personagem é mesmo o seu lado perverso e divertido:
“A Bárbara não tem vocação para a carreira de atriz. Ela é uma canastrona! Não tem nenhum pudor de passar por cima da moralidade, de roubar o namorado de uma pessoa, ou o marido de outra. É despudorada, perversa, impulsiva, quente e passional. O que a levou até o estrelato é seu lado fatal, sexy e sedutor. Foi também através dos casamentos e das relações pessoais que ela foi subindo na vida. Ela é uma ‘alpinista artística’, digamos assim.”
O uso e o abuso da imagem alheia
A estrela decadente é tão obcecada em se manter na crista da onda que ela usa e abusa da imagem dos quatro filhos adotivos, principalmente a da it-girl Amora (Sophie Charlotte). Com Bárbara é assim: vale tudo para ficar em evidência! Giulia ressalta o quão atual é esse tipo de relação familiar mostrado na nova trama das 19h.
“O modo como ela lida com a imprensa é uma coisa, já com os filhos em casa é outra. Como a Bárbara não está mais trabalhando tanto e não tem como provar seu talento, ela tem que criar situações. Para ela, é interessante se vender para esse mercado. E para esse mercado, é interessante que ela exista. E ainda está preparando a filha it-girl, que faz parte dessa coisa contemporânea, da moda, da rapidez da internet, dos blogs”, diz a atriz, que faz uma comparação entre o mundo da personagem e a época em que iniciou a própria carreira:
“Na minha época de atriz de 20 e poucos anos não existia nem paparazzi. A gente realmente valorizava o trabalho e queríamos que ele fosse reconhecido. As coisas eram difíceis. A minha geração buscava o prestígio, que é o caminho exatamente oposto ao de Bárbara. E a novela trata disso, do que é o valor enquanto pessoa e o que é valor de mídia.”
Comparações e reflexões à parte, uma coisa já está certa, Bárbara Ellen está brilhando! Giulia Gam concorda e fica na torcida: “Ela não é politicamente correta. E as pessoas gostam disso. Apesar de viver preocupada com a imagem, fala o que dá na cabeça, é espontânea. Se ela for metade do que está escrito, vai ser ótimo!"
Não perca as cenas de Bárbara Ellen. Fique ligado em Sangue Bom!
Fonte: https://migre.me/ettCC