Giulia Gam, Marco Nanini e Edson Celulari lembram bastidores da minissérie ‘Dona Flor e seus dois maridos’

12/05/2015 23:18

Já se vão pouco mais de 17 anos desde que “Dona Flor e seus dois maridos”, a divertida trama de Jorge Amado que já era sucesso no cinema e na literatura, ganhava a TV. Agora, os 20 capítulos da minissérie adaptada por Dias Gomes são editados e exibidos em duas partes, nesta terça-feira e na quinta-feira, às 22h50m, no festival “Luz, câmera, 50 anos”.

Na pele da graciosa Dona Florípedes Paiva está Giulia Gam, que divide a cena com Edson Celulari, o malandro Vadinho, e Marco Nanini, o metódico Teodoro Madureira. Sucesso de audiência entre março e maio de 1998, quando foi exibida na Globo originalmente, a trama ainda traz boas lembranças para o trio.

— Estava uma vez em Nova York, e um homem beliscou meu bumbum e gritou: “Vadinho” — conta, aos risos, Celulari, que encerra a série com a emblemática cena em que desfila nu pelo Pelourinho, na Bahia.

Giulia também se anima ao falar de Dona Flor:

— Tenho um retorno até hoje, gostaram muito dela. Mas nunca tinha imaginado interpretá-la. Teve um momento em que fiquei um pouco apavorada. Eu tive que achar a minha sensualidade. A imagem da Sônia Braga nesse papel no cinema é muito forte, e eu a acho perfeita na atuação. Não sabia o que fazer.

Intérprete do farmacêutico Teodoro, Nanini conta que não gosta de se rever na TV. Mas, ao pensar no triângulo e no clima amigável dos bastidores da minissérie, o ator garante que vai abrir uma exceção nesta terça e quinta à noite.

— Sou bastante crítico. Sinto uma sensação de que vai ficar de um jeito e quando vejo está diferente, apesar de funcionar. Mas também não sou tão rígido. Vou dar uma espiadinha para matar a saudade. Tenho visto mais TV depois que aprendi a ligá-la. Aqueles controles são muito cheios de botões — explica o veterano.

Ainda sobre as boas recordações, Giulia lembra que gravou como Dona Flor grávida de Théo, fruto do casamento com Pedro Bial. Já Celulari teve que deixar o set num dos dias de gravação para não perder o nascimento de Enzo, seu filho mais velho com Claudia Raia, sua então mulher.

— Tive que sair correndo para o aeroporto e pegar um avião para o Rio — lembra ele.

— Gravamos uma cena na praia em que os dois usavam tapa-sexo, e Edson andava daquele jeito para lá e para cá enquanto ligava para Claudia para saber como estava a dilatação. Até que ele teve que sair correndo — conta Giulia, aos risos: — Foi um momento especial. Eu e Edson estávamos “grávidos”, e já éramos amigos há muitos anos. Costumo dizer que ele é meu grande companheiro de cena. Depois de ter o bebê, eu fiquei um tempo afastada dos trabalhos, voltei só com a Heloísa de “Mulheres apaixonadas”, em 2003.


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