Giulia Gam volta à cena

05/07/2008 18:48

Depois de um ano e meio afastada do trabalho, a atriz retoma a carreira e fala da perda da mãe e dos valores na educação do filho

A atriz Giulia Gam, de 41 anos, está de volta aos palcos com a narração da fábula musical Pedro e o Lobo e à TV como a prisioneira Diva, na nova novela das 8 da Globo, A Favorita. Giulia passou um ano e meio dedicada à vida pessoal. Perdeu a mãe, a psicóloga Daisi Gam, vítima de um câncer na cabeça, em fevereiro do ano passado. “Você se sente um balão de gás, e aí parece que veio alguém e cortou a cordinha”, disse ela a QUEM durante ensaio da peça, que estará em cartaz no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, a partir do dia 12.

QUEM: Como foi lidar com a doença e a morte de sua mãe?

GIULIA GAM: Foi uma experiência muito intensa. Eu tenho muito orgulho de falar disso porque acho que me dediquei realmente a ela e foi muito surpreendente como ela lidou com tudo que aconteceu (ela ficou em tratamento durante dois anos). É uma situação em que você tem que se virar do avesso e voltar de novo.

QUEM: Em Pedro e o Lobo você narra uma fábula. Você contava histórias para seu filho, Theo (com o jornalista Pedro Bial)?

GG: Sim, muito. Eu sempre tive a preocupação de não deixá-lo se envolver tanto com o mundo virtual, tecnológico etc. Então, desde pequeno, tento compensar com brinquedos de madeira, idas ao circo, brincadeiras com papel e tinta. Mas é inevitável que ele tenha certos interesses. Ele mora no Rio e está tendo referências diferentes das minhas, já que cresci em São Paulo. Às vezes trago ele pra cá, para sofrer outro tipo de influência.

QUEM: Você deixa que ele assista ao Big Brother Brasil?

GG: Como é o pai que apresenta, então ele acompanha, pelo pai, ele torce. É uma história deles. Mas a linguagem que eles mais têm em comum é a do futebol. Já eu não gosto de Big Brother. Poderia falar muito mais,mas é melhor eu deixar só nessa frase.

QUEM: Você acredita em casamento?

GG: Eu acredito, apesar de o mundo todo não estar nessa onda. Eu tive um exemplo muito bom dos meus pais, que, mesmo morando em casas separadas, chegaram à conclusão de que a discussão sobre o “espaço de cada um” era uma bobagem. O legal era ter um monte de crianças ao redor da mesa.

QUEM: Mas você formulou uma teoria para você?

GG: Para mim, o que ficou foi que ter um companheiro, esteja casada com ele ou não, para dividir a vida é um prazer. Sempre que uma relação se interrompe é muito difícil. Eu procuro ficar amiga dos meus ex, porque afinal de contas foram pessoas que dividiram a vida comigo. Eu acredito em casamento, mas eu nunca fui casada (risos), só morei junto.

QUEM: Então você tem um bom relacionamento com o Pedro Bial?

GG: Eu não quero falar sobre isso.

QUEM: E você está namorando?

GG: Prefiro guardar segredo.

Fonte: Revista QUEM

Arquivo: Bia*