Tempo de sobra para ser feliz

25/03/2003 17:59

Passado o período turbulento em sua vida, quando perdeu a guarda do filho e não recebia mais convites para atuar na televisão, Giulia Gam deu a volta por cima e esse ano respira aliviada. Ela recuperou tudo que perdeu e, aos 35 anos, diz ser uma nova mulher pronta para viver uma bonita e tranquila história de vida. Além de finalmente ter conquistado o direito de cuidar de Theo, de cinco anos, fruto do tempestuoso casamento com Pedro Bial, ela também está rindo à toa com o desafio de voltar para a telinha e dar vida à ciumenta Heloísa, em Mulheres Apaixonadas.

Como está sendo o início desse ano para você?

Comecei o ano bem demais, tenho que agradecer muito a Deus. Eu estava plantando e essa planta cresceu. O convite do Manoel Carlos, a guarda do meu filho, que me permite fazer a novela tranquilamente, saber que tenho amigos... Isso tudo me faz uma mulher mais do que feliz.

Você mudou muito depois de passar por toda essa experiência?

Eu mudei muita coisa que, na verdade, não sei dizer racionalmente. Vejo pelas minhas atitudes, segurança, saber discernir melhor o peso das coisas. Hoje, não quero mais perder tempo, quero me dispor para meu filho e para as pessoas que gostam de mim.

Em que área da sua vida você mais mudou?

Na área profissional. O meu problema é que sempre fui muito focada no meu trabalho, mas não serei mais assim. Antes, eu vivia na história da minha carreira, daí ia pra casa sozinha. Agora, quero criar uma história de vida bacana. Aprendi a ver que quanto mais bem-resolvido você está, o trabalho fica melhor. Ele não pode ser movido por angústia, insegurança ou revolta. Claro que, às vezes, você canaliza essas energias e mesmo assim alcança bons resultados, mas isso não quer dizer que todo artista deve ser mal-resolvido emocionalmente.

Como você se sente agora que recuperou o direito de estar com seu filho?

Estou amando. Além disso, é um recondicionamento, como se eu tivesse ganho uma certa liberdade, ou seja, ganhei minha carta de alforria. Quando se tem um processo contra você e que se tem que ficar provando o tempo todo que é capaz, isso é duro, principalmente quando a questão envolve um filho.

Como foi gravar a primeira cena em Mulheres Apaixonadas?

Foi difícil. A gente é principiante sempre. Fiquei sem dormir, suei frio, enfim, sofri. Mas depois que a primeira cena foi, fiquei bem melhor.

A sua personagem Heloísa, será uma mulher com ciúmes obsessivos. Você é uma mulher ciumenta?

Não. Nunca fiz uma cena de ciúme. É tão ruim você ter que controlar a pessoa que está com você que eu prefiro poupar-me do trabalho e confiar nela. Priorizo a lealdade, já que o controle do amor não vai existir nunca. A gente não escolhe amar.

Como foram seus relacionamentos?

Nunca me relacionei por muito tempo, meu único casamento durou três anos, que foi com o Pedro.

E agora, está sozinha?

Por enquanto o coração está quietinho, não estou namorando ninguém. Tive namorados, paixões, mas nesse momento todas as minhas energias estão concentradas no meu trabalho.

Qual o seu maior sonho?

O luxo de ter um motorista particular. Acho o máximo.

Fonte: Revista Conta Mais

Arquivo: Bia*

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